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A Vespa Velutina Nigrithorax é uma espécie originária do sudeste asiático que foi introduzida acidentalmente em França em 2004. Daí dispersou para outros países e os primeiros registos em Portugal continental ocorreram por volta do ano 2011. A sua introdução no nosso país ocorreu provavelmente de forma acidental e indireta, possivelmente associada à importação de madeiras em Viana do Castelo. Esta espécie encontrou, nesta região da Península Ibérica, condições particularmente favoráveis ao seu desenvolvimento observando-se atualmente altas concentrações de ninhos em locais diversos.

Sabendo-se que estas vespas capturam a maioria dos insetos alados, para além dos danos reais e bem conhecidos na apicultura, outros efeitos ambientais estão ainda por avaliar no nosso país, na sua globalidade. Além disso, a ocorrência desta espécie em zonas urbanizadas e a existência de ninhos em locais a baixa altura ou mesmo no solo tem gerado algum alarmismo social, ainda que por vezes exagerado, pelo facto de se tratar de uma espécie venenosa. Estas ocorrências têm vindo a causar numerosos incidentes, por vezes com certa gravidade. No entanto, a falta de registos oficiais relativos às picadas produzidas pela espécie não permite quantificar a verdadeira dimensão do problema.

O esquema de propagação desta vespa é agora relativamente bem conhecido; a via natural das novas fundadoras na primavera (várias dezenas de km/ano) e a expansão passiva involuntária destas fundadoras, favorecida pelo intercâmbio de mercadorias relacionado com as atividades humana (potencialmente sem limite geográfico), originou a sua introdução na Coreia do Sul (2003), França (2004), Portugal (2011), entre outros países. Em ambos os casos, verifica-se que a implantação de novas colónias é extremamente reduzida inicialmente (1 a 3 ninhos), mas que pela falta de conhecimento e experiência das entidades e populações locais não permite a sua deteção atempada, aliado a uma resposta tardia, tanto a nível técnico como administrativo. Em Portugal, o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina, previsto pelas autoridades nacionais, apresenta algumas lacunas, em particular na sua operacionalidade, o que tem gerado, na maior parte dos municípios significativas dificuldades de resposta adequada.